Nas tuas palavras de consolo
jaz meu mais fiel e puro sentimento.
Conforme os passos ecoam
Tua sombra me traz um temor
e o que outrora fora ruído
agora é qualquer outra coisa, amor.
Sem sentido esse desfragmentado
suor nada salgado
Que raspa a língua e induz ao aglomerado
de sentidos e gestos e toques
Me consola e me amortece
E quando tudo parece perdido
soa.
Teus olhos de estrela cadente
pousados no meu seio dormente
esquentam e esfriam em constante mudança
e vibram ao barulho de qualquer dança
E o que outrora fora sentimento de criança,
Agora é qualquer outra coisa, amor.
Na noite cálida e febril
gostaria de tocar o céu ao teu
e dormir devaneando lembranças hostis
de ontens que deixaram gosto de cinzas
na minha boca mofada
que implora por frescor quando não há mais
nada.
Suas feridas abertas acalmam-me
nas madrugadas frias e sem cor
que concebem auroras brilhantes
que mal sabem o que realmente acontece
quando algo que outrora fora verdadeiro
ainda o é, amor.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
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Um comentário:
Lindo... como sempre... parabéns...
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