"Mas! quem fez a minha
língua tão pérfida?"
Arthur Rimbaud.
Nobre hora da manhã que avança
Invade o crepúsculo inerte
Aparece sorrateira como quem dança
E as carcaças de homens ela
inverte
Sombra estática de luz galante
Mórbida alvorada hostil.
Vozes de boca de bueiro falante
Madrugada quente perdida no mundo
vil.
Ele sonha e se enrola na manta
de desejos, medos e ilusões.
Ele morde a boca que cedo o acalenta
Ele dorme perdido em suas
visões.
Dorme, sim, pequeno. Esquece.
Amanhã é outro dia
Por mim, guarde sua grande prece.
2 comentários:
mui belo. pós noturno, sádico e inspirado.
adoro, sempre.
amor.
eu que te admiro, cada vez mais. admiro tua capacidade de absorver tudo com que tens contato sem contaminar-se ou viciar-se. sempre reinventando, sempre surpreendendo.
amo muito isso. vc, nós, as letras.
muito.
Postar um comentário